Acurácia na Previsão de Lucros e os Estágios do Ciclo de Vida Organizacional: Evidências no Mercado Brasileiro de Capitais
DOI:
https://doi.org/10.17524/repec.v12i1.1530Palavras-chave:
Analistas, Acurácia, Estágios do Ciclo de Vida OrganizacionalResumo
Objetivo: Este estudo teve por objetivo investigar o efeito do ciclo de vida organizacional na acurácia das previsões dos analistas no mercado de capitais brasileiro, pressupondo que os desafios para as projeções dos analistas financeiros podem variar ao longo da evolução das empresas. Método: A amostra foi composta por 713 empresas ano, no período de 2008 a 2014. De posse dessas informações, foram mensurados os Erros de Previsão Absolutos, como métrica de acurácia das previsões dos lucros, bem como utilizou-se o modelo de Dickinson (2011) para mensuração dos estágios do ciclo de vida das empresas. Quanto aos métodos de análise, utilizaram-se modelos de regressões lineares e regressões quantílicas e de testes de sensibilidade. Resultados: Os resultados revelaram que as projeções dos lucros dos analistas são afetadas para as empresas em estágio de nascimento e declínio, de forma mais problemática, mesmo controlando por vários fatores comuns da literatura sobre erro de previsão de analistas. Um controle adicional para dificuldades financeiras foi inserido, porém os resultados se mantiveram qualitativamente semelhantes. Quanto ao otimismo e o pessimismo nas previsões, os resultados apontaram que, dependendo do estágio do ciclo de vida, o viés de otimismo ou pessimismo pode ser aumentado ou diminuído, de modo especial; o estágio de declínio levou a projeções com diminuição de viés ao comparar com os outros estágios não maduros, mesmo com os controles previamente mencionados. Contribuições: O estudo pode contribuir com a literatura ao evidenciar que fatores ambientais tendem a ser determinantes na acurácia da previsão dos lucros.Referências
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