O Goodwill Gerado pelo Passivo
DOI:
https://doi.org/10.17524/repec.v11i0.1718Palavras-chave:
Goodwill, Goodwill Passivo, Valor Econômico do PL, Unidade Consumidora de Caixa, Taxas de Juros GenerosasResumo
Objetivo: O objetivo deste estudo está relacionado à figura do Goodwill originado do Passivo de uma empresa, ou seja, não é a do Goodwill normalmente constituído pelos Ativos Intangíveis capazes de produzir uma rentabilidade anormal e que fazem com que o valor da entidade como um todo, em funcionamento, seja maior do que a soma algébrica dos valores justos de seus elementos patrimoniais. Trata-se de uma visão que se pode entender como novidade para muitos, ou seja, a do Goodwill originado do Passivo e, não, dos Ativos de uma empresa. Existem empresas que sequer conseguem remunerar o risco que seus Ativos carregam, mas podem apresentar Goodwill devido à forma com que suas atividades são financiadas. Método: Como ensaio, são apresentados conceitos básicos e de formulação, normalmente utilizados em avaliações de empresas. Na sequência, são apresentadas simulações que demonstram, de forma objetiva, o verdadeiro sentido técnico da formulação. Resultados: Sabendo-se que determinadas agências estatais de desenvolvimento e o próprio BNDES acabam financiando determinadas atividades com taxas de juros generosas, este estudo apresenta ainda um caso real de existência de Goodwill originado do Passivo de uma empresa brasileira. Contribuições: Este trabalho tem como uma de suas principais contribuições a exposição de um tema que é praticamente desconhecido no mundo acadêmico, totalmente desconsiderado pelas normas e legislações contábeis, mas presente no mundo dos analistas e investidores mais bem preparados, e o faz pela não disseminação desse conceito, com apresentação e redação acessíveis a todos os níveis de leitores.Referências
Cheng, M. C. & Tzeng, Z. C. (2011). The effect of leverage on firm value and how the firm financial quality influence on this effect. World Journal of Management, 3(2), 30–53.
Choi, J. J. (1988). Debt financing and the cost of capital in the neoclassical investment model. The American Economist, 32(1), 19–23.
Comitê de Pronunciamentos Contábeis. (2010). Pronunciamento Técnico CPC 01 (R1) – Redução ao Valor Recuperável de Ativos. Recuperado de http://www.cpc.org.br/Arquivos/Documentos/27_CPC_01_R1_revisão08.pdf
Comitê de Pronunciamentos Contábeis. (2010). Pronunciamento Técnico CPC 04 (R1) – Ativo Intangível. Recuperado de http://www.cpc.org.br/Arquivos/Documentos/187_CPC_04_R1_rev%2008.pdf
Comitê de Pronunciamentos Contábeis. (2011). Pronunciamento Técnico CPC 15 (R1) – Combinação de Negócios. Recuperado de http://www.cpc.org.br/Arquivos/Documentos/235_CPC15R1_rev_06.pdf
Edwards, E. & Bell, P. (1961). The theory and measurement of business income. California: University of California Press.
Kane, A., Marcus, A. J. & McDonald, R. L. (1985). Debt policy and the rate of return premium to leverage. Journal of Financial and Quantitative Analysis, 20(4), 479–499.
Leão, L. G. & Vasconcelos, R. A. (2010). Depósitos estáveis em cooperativas de crédito: um Ativo intangível na forma de Goodwill não adquirido. Gestão Contemporânea, 6(6), 227– 254.
Martins, E. & Martins, V. A. (2015). Contabilidade e finanças: a temerária utilização do WACC. Revista Universo Contábil, 11(1), 25-46.
Martins, V. A. (2002). Contribuição à avaliação do Goodwill: depósitos estáveis, um Ativo intangível. (Dissertação de mestrado, Universidade de São Paulo).
Martins, V. A. (2005). Interações entre estrutura de capital, valor da empresa e valor dos Ativos (Tese de doutorado, Universidade de São Paulo).
Martins, V. A., Carvalho, L. N. & Assaf Neto, A. (2008). Anatomia do valor de empresas. RAC–Revista de Administração Contemporânea, 12(4), 1071-1105.
Modigliani, F. & Miller, M. H. (1958). The cost of capital, corporation finance and the theory of investment. American Economic Review, 48(3), 261-297.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution 3.0 Unported License, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista. Esta licença permite que outros distribuam, remixem, adaptem ou criem obras derivadas, mesmo que para uso com fins comerciais, contanto que seja dado crédito pela criação original.
b) Não cabe aos autores compensação financeira a qualquer título, por artigos ou resenhas publicados na REPeC.
c) Os artigos e resenhas publicados na REPeC são de responsabilidade exclusiva dos autores.
d) Após sua aprovação, os autores serão identificados em cada artigo, devendo informar à REPeC sua instituição de ensino/pesquisa de vínculo e seu endereço completo.