Reapresentações das Demonstrações Financeiras e Política de Dividendos: Estratégias de Compensação e Sinalização no Mercado de Capitais Brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.17524/repec.v19i1.3505Palavras-chave:
Reapresentação das Demonstrações Financeiras; Política de Dividendos; Teoria da Sinalização.Resumo
Resultados e contribuições: Os resultados evidenciaram que as empresas que reapresentam suas demonstrações buscam compensar seus acionistas com maiores dividendos quando comparadas àquelas que não reapresentaram. Além disso, no ano subsequente, esses dividendos tendem a ser superiores, reforçando a hipótese de uso dos dividendos como mecanismo de sinalização, redução de assimetria e compensação dos acionistas. Essas descobertas têm potencial de contribuição para pesquisadores interessados no tema, gestores, contadores, auditores, reguladores e demais partes interessadas em compreender as implicações das reapresentações na política de dividendos das empresas listadas.
Objetivo: O objetivo do presente estudo foi verificar se as empresas que reapresentaram as demonstrações compensam seus acionistas com maiores dividendos nos anos subsequentes à ocorrência deste evento.
Lacuna: A literatura anterior tem sugerido que as empresas com menor qualidade das informações financeiras tendem a pagar dividendos menores. Contudo, uma explicação alternativa é que as empresas que divulgam informações financeiras de menor qualidade tendem a buscar sinalizar ao mercado maior solidez compensando os acionistas com maiores dividendos. O presente estudo busca preencher essa lacuna, apresentando evidências no contexto do mercado de capitais brasileiro.
Relevância: O estudo é relevante porque evidencia que empresas com menor qualidade dos lucros, tendem a compensar seus investidores nos períodos subsequentes com dividendos maiores.
Impacto: Diferente de estudos anteriores, observou-se que empresas com menor qualidade dos lucros podem utilizar da política de dividendos como estratégia para agradar investidores. Nesse sentido, o estudo contribui com a avaliação de risco de auditores, investidores, membros de comitê de governança, auditoria e reguladores.
Metodologia: Analisou-se dados de 275 empresas listadas na Brasil, Bolsa, Balcão (B3) no período de 2010-2020, por meio da estatística descritiva, testes de diferenças entre as médias e análise de regressão com dados em painel.
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