Motivação acadêmica: perspectiva sob a ótica da Teoria da Autodeterminação
DOI:
https://doi.org/10.17524/repec.v18i3.3363Palavras-chave:
Motivação de estudantes; Teoria da Autodeterminação; Escala de Motivação Acadêmica (EMA)Resumo
Objetivo: Verificar em que medida a motivação dos acadêmicos se altera no decorrer do curso de Ciências Contábeis.
Método: Os dados foram coletados durante os anos letivos 2016 a 2021, por levantamento, utilizando a escala de motivação acadêmica (EMA), com base na Teoria da Autodeterminação (TAD). Nas análises foram usadas distribuição de frequência, gráficos boxplot e teste de Wilcoxon pareado. A amostra resultou em 583 participantes, dos quais 163 responderam tanto no primeiro quanto no quarto ano, totalizando
746 respostas. Resultados: Os resultados evidenciaram que a motivação dos acadêmicos se alterou no decorrer do curso. Foi detectada uma queda, estatisticamente significante, na motivação dos fatores: motivação interna de saber e de realização e motivação externa de identificação, bem como um aumento na desmotivação. Contribuições: O estudo contribui ao confirmar que o comportamento de alteração nos níveis motivacionais ao longo do curso foi o mesmo, tanto para alunos que responderam no início e no final do curso quanto para aqueles que responderam apenas no início ou no final. Contribui também ao evidenciar os fatores que sofreram oscilações, permitindo que decisões/ações possam ser tomadas por coordenadores e professores para melhorar os pontos críticos.
Referências
Amabile, T. M., Hill, K. G., Hennessey, B. a, & Tighe, E. M. (1994). The Work Preference Inventory: assessing intrinsic and extrinsic motivational orientations. Journal of personality and social psychology, 66(5), 950–67. Retrieved from http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8014837
Borges, S., M.; Miranda, G. J. & Calheira S. C. (2017). A teoria da autodeterminação aplicada na análise da motivação e do desempenho acadêmico discente do curso de ciências contábeis de uma instituição pública brasileira. Revista Contemporânea de Contabilidade, 14 (32), 89-107.
Cunha, M. I. da, & Pinto, M. M. (2009). Qualidade e educação superior no Brasil e o desafio da inclusão social na perspectiva epistemológica e ética. Revista Brasileira de EstudosPedagógicos, 90(226), 571–591.
Cunha, J. V. A.; Nascimento, E. M. & Durso, S. O. (2016). Razões e influências para a evasão universitária: um estudo com estudantes ingressantes nos cursos de ciências contábeis de instituições públicas federais da região sudeste. Advances in Scientific and Applied Accounting, 9 (2), 141 - 161.
Debnath, S. C., Tandon, S., & Pointer, L. V. (2007). Designing Business School Courses To Promote Student Motivation: An Application of the Job Characteristics Model. Journal of Management Education, 31(6), 812–831. doi:10.1177/1052562906290914
Deci, E. L., & Ryan, R. M. (1985). Intrinsic motivation and selfdetermination in human behavior. New York: Plenum.
Deci, E.L. Vallerand, R.J., Pelletier, L.G. & Ryan, R.M. (1991). Motivation in education: the self-determination perspective. The Educational Psychologist 26, 325-346.
Deci, E. L., & Ryan, R. M. (1985). Intrinsic motivation and self-determination in human behavior.
New York: Plenum Press.
Gagné, M., & Deci, E. L. (2005). Self-determination theory and work motivation. Journal of Organizational Behavior, 26, 331–362.
Gibbons, J. G.; Chakraborti, S. (2014). Nonparametric Statistical Inference, Fourth Edition: Revised and Expanded. Quarta edição. Publisher Taylor & Francis.
Gnambs, T, & Hanfstingl, B. (2016). The decline of academic motivation during adolescence: an accelerated longitudinal cohort analysis on the effect of psychological need satisfaction. Educational Psychology, 36 (9), 1691–1705. http://dx.doi.org/10.1080/01443410.2015.1113236
Guimarães, S. É. R., & Bzuneck, J. A. (2008). Propriedades psicométricas de um instrumento para avaliação da motivação de universitários. Ciências & Cognição, 13, 101–113.
Hill, A. P. (2013). Motivation and university experience in first-year university students: A self-determination theory perspective. Journal of Hospitality, Leisure, Sport & Tourism Education, 13, 244–254. doi:10.1016/j.jhlste.2012.07.001
Kusurkar, R. A., Ten Cate, T. J., Van Asperen, M., & Croiset, G. (2011). Motivation as an independent and a dependent variable in medical education: a review of the literature. Medical teacher, 33(5), e242–262. doi:10.3109/0142159X.2011.558539
Leal, E. A., Miranda, G. J., & Carmo, C. R. S. (2013). Teoria da Autodeterminação: uma Análise da Motivação dos Estudantes do Curso de Ciências Contábeis. Revista de Contabilidade e Finanças, 24(62), 162–173.
Milliron, V. C. (2008). Exploring Millennial Student Values and Societal Trends: Accounting Course Selection Preferences. Issues in Accounting Education, 23(3), 405–419. doi:10.2308/iace.2008.23.3.405
Pavão, J. A.; Borges, I. M. T. & Voese, S. B. (2020). O que motiva os alunos e alunas do curso de ciências contábeis? um estudo sob a luz da teoria da autodeterminação. ConTexto, 20 (46), 45-54.
Reeve, J. & Lee, W. (2019). Students’ Classroom Engagement Produces Longitudinal Changes in Classroom Motivation. Journal of Educational Psychology, 106 (2), 527–540. DOI: 10.1037/a0034934
Ryan, R. M., & Deci, E. (2000). Selfdetermination theory and the facilitation of intrinsic motivation, social development, and wellbeing. American Psychologist, Washington, 55 (1), 68-78.
Ryan, R. M. & Deci, E. L. (2020). Intrinsic and extrinsic motivation from a self-determination theory perspective: Definitions, theory, practices, and future directions. Contemporary Educational Psychology, 61. https://doi.org/10.1016/j.cedpsych.2020.101860.
Santos, A. L. dos. (2011). A Geração Y nas Organizações Complexas: Um estudo Exploratório sobre a Gestão dos Jovens nas Empresas. Universidade de São Paulo.
Santos, D., Pavão, J. A. & Borges, I. M. T. (2021). Motivação dos acadêmicos de ciências contábeis de uma universidade pública. SINERGIA, 25 (1), 37-48.
Scherrer, V. & Preckel, F. (2019). Development of Motivational Variables and Self- Esteem During the School Career: A Meta- Analysis of Longitudinal Studies. Review of Educational Research, 89 (2), 211–258. DOI: 10.3102/0034654318819127
SHESKIN, David. (2003). Handbook of Parametric and Nonparametric Statistical Procedures: Third Edition. Chapman & Hall/CRC.
Sobral, D. T. (2003). Motivação do aprendiz de medicina: uso da escala de motivação acadêmica. Psicologia: Teoria e Pesquisa, Brasília, 19 (1), 25-31.
Spearman, C. The Proof and Measurement of Association between Two Things. (1904). The American Journal of Psychology. 15 (1), 72-101.
Vallerand, R. J. & Blais, M. R. (1987). L'Echelle des Orientations Generales a la Causalite: Validation canadienne francaise du General Causality Orientations Scale. Canadian Journal of Behavioural Science, 19 (1)
Vallerand, R. J., Blais, M. R., Briere, N. M., & Pelletier. (1989). Construction and validation of the echelle de motivation em Education (EME). Canadian Journal of Behavioral Sciences, Montreal, 3 (21), 323-349.
Vansteenkiste, M., Sierens, E., Soenens, B., Luyckx, K., & Lens, W. (2009). Motivational profiles from as self-determination perspective:The quality of motivation matters. Journal of Educational Psychology, 101, 671–688.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Revista de Educação e Pesquisa em Contabilidade (REPeC)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution 3.0 Unported License, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista. Esta licença permite que outros distribuam, remixem, adaptem ou criem obras derivadas, mesmo que para uso com fins comerciais, contanto que seja dado crédito pela criação original.
b) Não cabe aos autores compensação financeira a qualquer título, por artigos ou resenhas publicados na REPeC.
c) Os artigos e resenhas publicados na REPeC são de responsabilidade exclusiva dos autores.
d) Após sua aprovação, os autores serão identificados em cada artigo, devendo informar à REPeC sua instituição de ensino/pesquisa de vínculo e seu endereço completo.
