Relação do Earnings Response Coefficient com o fluxo de caixa livre e a propriedade estatal: evidências no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.17524/repec.v18i2.3330Palavras-chave:
Fluxo de Caixa Livre; Coeficiente de Resposta de Ganhos (ERC); Propriedade Estatal; Informatividade do Preço das Ações.Resumo
Objetivo: Este estudo analisa o impacto do fluxo de caixa livre e da propriedade estatal no Earnings Response Coefficient (ERC) no mercado de capital brasileiro.
Método: Uma amostra de 210 empresas do período de 2011 a 2019 foi obtida no banco de dados da Economatica, sendo o Earnings Response Coefficient a variável dependente, fluxo de caixa livre e controle estatal as variáveis independentes principais, além de variáveis de controle, analisadas por meio da regressão de dados em painel com o método Pooled Ordinary Least Squares (POLS).
Resultados: Os resultados mostram que a informação contábil do fluxo de caixa livre possui implicações marginais relevantes no coeficiente de resposta aos lucros, bem como a propriedade estatal. A interação entre o fluxo de caixa livre e a propriedade estatal reforça que o aumento de lucros inesperados se deve a presença desses dois elementos.
Contribuições: Os achados contribuem com a literatura em mercados emergentes, ao relatar que o fluxo de caixa livre (dado contábil) e o monitoramento estatal (aspecto de governança) são itens informativos ao coeficiente de resposta aos lucros. Consequentemente, isso pode aperfeiçoar a análise financeira e o processo de avaliação das empresas por parte dos investidores e fazer os gestores atentarem-se aos efeitos na decisão de manter excedentes de caixa. Logo, permite a esses stakeholders compreenderem que a existência de recursos disponíveis (fluxo de caixa livre) em um negócio sinaliza perspectivas de lucros futuros.
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